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Fibromialgia: doença invisível, dores reais

Fibromialgia: doença invisível, dores reais

Dor permanente sem causa aparente que não pode ser curada. A dor instala-se e toma conta dos dias e noites dos pacientes. A fibromialgia é uma doença invisível, em que as dores são reais, que afeta 2 a 4% da população adulta mundial.

O que é a fibromialgia?

A fibromialgia é uma doença crónica que se caracteriza por dor músculo-esquelética generalizada, difusa e por vezes migratória.

A dor generalizada e a sensibilidade em várias partes do corpo, incluindo músculos, articulações e tecidos moles, são as principais características desta doença. Além destes sintomas, também fadiga, distúrbios do sono, rigidez muscular ou dificuldades de concentração e memória costumam ser comuns.

Ainda que seja uma doença crónica, os sintomas da fibromialgia podem variar na intensidade. Podem até desaparecer ou diminuir temporariamente e reaparecer mais tarde. Mudanças no clima, questões hormonais, stress, depressão, ansiedade ou um esforço superior ao habitual podem estar na origem destas alterações.

A fibromialgia é sete vezes mais comum em mulheres do que homens. Geralmente surge em mulheres jovens ou de meia-idade, ainda que também ocorra em homens, crianças e adolescentes.

Quais as causas da fibromialgia?

As causas exatas da fibromialgia ainda não são totalmente compreendidas. Ainda assim, acredita-se que seja uma condição multifatorial influenciada por elementos como a genética, anormalidades bioquímicas, stress físico ou emocional, infecções, distúrbios do sono, ansiedade, depressão ou transtornos psicológicos.

Embora estes fatores possam contribuir para o desenvolvimento da fibromialgia, é importante notar que a causa exata da condição é desconhecida e pode ser diferente de pessoa para pessoa.

Sintomas mais comuns da fibromialgia

O sintoma mais comum da fibromialgia é a dor, que pode afetar uma grande parte do corpo. A dor pode ser generalizada, mal definida, imprecisa, difusa, muitas vezes migratória e de intensidade variável. É ainda descrita como uma sensação de queimadura ou mal-estar, em que por vezes ocorrem espasmos musculares.

Além da dor, há outros sintomas que podem ser identificados, tais como:

  1. Sensibilidade ao toque
  2. Rigidez muscular
  3. Fadiga e cansaço matinal
  4. Falta de vontade na realização de tarefas diárias
  5. Ansiedade e/ou depressão
  6. Défice de atenção e perturbações na memória
  7. Problemas gástricos
  8. Perturbações do sono, como apneia, insónias ou síndrome das pernas inquietas
  9. Dor de cabeça recorrente

Como é feito o diagnóstico da fibromialgia?

Não existem exames ou análises específicas que confirmem o diagnóstico de fibromialgia, pelo que pode ser um processo complicado. Muitas vezes implica a exclusão de outras condições com sintomas semelhantes.

O diagnóstico baseia-se no historial clínico do doente e na observação médica.

Os critérios atuais de diagnóstico incluem dor difusa pelo corpo com duração superior a 3 meses, dor à palpação de 12 dos 18 pontos dolorosos e, pelo menos, dois dos quatro sintomas seguintes: fadiga, alterações do sono, dores de cabeça e perturbações emocionais.

A fibromialgia tem tratamento?

Sim, a fibromialgia pode ser tratada, contudo, não existe uma cura para a doença. O tratamento deve ser feito por uma equipa multidisciplinar, adaptado a cada doente e à fase em que se encontra.

O objetivo do tratamento é controlar os sintomas, evitar a incapacidade física e melhorar a qualidade de vida do doente, mantendo uma boa atividade física, social e familiar.

As formas de tratamento podem incluir uma combinação entre medicamentos, terapias físicas e ocupacionais, exercícios físicos e mudanças no estilo de vida.

Para tratar a fibromialgia podem ser usados medicamentos como analgésicos, antidepressivos, relaxantes musculares e medicamentos para melhorar o sono. A sua prescrição deve ser sempre realizada pelo médico. A fisioterapia, a terapia ocupacional e o exercício físico regular podem ajudar a melhorar a flexibilidade e a força muscular, além de aliviar a dor, o que, consequentemente, aumenta a qualidade de vida.

Além disso, é fundamental que as pessoas com fibromialgia adotem um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, uma boa rotina de sono e a diminuição do stress.

O desconhecimento da origem da doença, a dificuldade do diagnóstico e o facto de ser uma doença com sintomas inespecíficos, faz com que os doentes se possam sentir desvalorizados ou desacreditados. É fundamental procurar profissionais de saúde familiarizados com a doença, que possam acompanhar e transmitir as informações fundamentais para uma melhor gestão da doença. A nossa equipa está capacitada para ajudar nesse sentido com aconselhamento profissional.

Farmácia Varela, onde cuidar é diferente de tratar. 

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